O refrigerador de barro que funciona sem eletricidade

Em nosso país, mais de 5 milhões de residências particulares habitadas não contam com refrigerador, o que pode complicar a conservação dos alimentos e gerar algumas doenças, isso de acordo com a empresa mexicana Depresa. Para enfrentar esse problema, a referida empresa desenhou um resfriador cem por cento ecológico, fabricado com barro e materiais pétreos. Isso permitirá que as populações rurais aumentem o tempo de conservação de seus alimentos e medicamentos, tal como já ocorre em comunidades de San Luis Potosí. Ecoplanet, como foi chamado este resfriador ecológico, mantém uma temperatura baixa de até oito graus centígrados uma vez que seu funcionamento se baseia na física clássica. Está composto de dois contêineres entre os quais se deposita uma mistura úmida de areia, marmolina, terra, granzol, cascalho e água; e deve ser colocado à sombra parcial de maneira que os raios ultravioleta não façam contato de maneira direta. Ao evaporar a água da mistura, o calor dos alimentos ou bebidas colocados no interior do Ecoplanet é extraído. Ou seja, “rouba o calor da comida que está dentro do resfriador e converte a água em vapor; um fenômeno que é possível graças ao fato de que a reação requer energia e a retira dos alimentos”, detalha Óscar Chávez Macías, cofundador da empresa. Para funcionar, são necessários apenas três litros de água por dia e deve ser colocado à sombra em um local ventilado, em algumas horas cumpre sua função de resfriamento. Segundo explicou Chávez Macías, este sistema é muito prático e econômico, uma vez que se assemelha a um galão de água tradicional e já foi testado em comunidades do município de Villa de Reyes em San Luis Potosí e em uma cidade de Guanajuato. Depesa foi registrada em março deste ano, o que lhe permite já comercializar o resfriador. No entanto, para realizar a produção artesanal são necessárias três semanas e um custo aproximado de 680 pesos e para que seja rentável, deve ser produzido em série. É por isso que sua estratégia consiste em se aproximar dos governos estaduais para que, por meio de programas sociais, sejam distribuídos nas comunidades que não contam com eletricidade. Ver artigo original.