Os 15 erros mais comuns das mães de primeira viagem
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Kiwilimón - 2018-10-08T17:05:58.855101Z
Tudo que é novo nos assusta. E quando se trata da maternidade, o medo do fracasso é ainda maior, pois se trata da vida de um ser indefeso, a pessoa que você mais ama no mundo. A principal preocupação é que todas as leituras, conversas com o médico e a família não sejam suficientes e que nos momentos a sós com o bebê, você cometa um erro prejudicial para a criança.
O mais importante, no entanto, é lembrar que a maternidade é uma experiência de aprendizado constante. Ter um filho requer calma para entender cada momento do bebê. Também nos obriga a ter serenidade para não gerar estresse e sofrimentos desnecessários. Reflete Marcelo Pavese Porto, vice-presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
Segundo Porto, você não deve ter medo dos recém-nascidos. Eles não falam, mas se comunicam muito bem, se aprendermos a entender essa comunicação. Em poucas palavras, o que a criança mais precisa é amor, afeto e uma boa dose de bom senso dos pais, diz o especialista.
Conversamos com mulheres e especialistas que enumeram os erros que afetam as mães de primeira viagem. Você se identifica com algum deles?
Dudar da própria intuição e do instinto maternal
A mãe, por natureza, é sobreprotetora e envolvida com os cuidados do bebê. Seus sentidos se aguçam; seu sono é mais leve, e seu corpo mais resistente à fadiga e à dor. Por isso, mesmo que seja uma mãe de primeira viagem, ela saberá lidar com as mais diversas situações para cuidar de seu bebê. Muitas vezes, a criança não consegue expressar suas necessidades e a intuição materna é vital para sua sobrevivência. Confie em seus instintos. Seu filho também confiará, diz Antonio Paulo Stockler, obstetra e ginecólogo do Hospital Universitário Antonio Pedro e especialista da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Eliminar o pai da rotina do bebê
O papel do pai é fundamental desde o início da gravidez. O bebê já aprende a identificar sua voz desde o ventre. Claro, o papel da mãe no início é mais frequente, mas o pai deve participar de todas as tarefas, trocar fraldas, abraçar, dar amor. Uma criança é uma construção da família, e não parte somente de um, aconselha Marcelo Pavese Porto.
Colocar sempre o bebê em primeiro plano
A maternidade é uma experiência avassaladora, que muitas vezes domina completamente a vida da mulher com todas as tarefas e necessidades vitais e emocionais do bebê. Um ponto chave é que o bebê precisa de uma mãe saudável, bem preparada e atenta para que possa se desenvolver plenamente. Portanto, descuidar de si mesma é descuidar da saúde da criança. É importante que a mãe pratique exercícios físicos que estimulem a liberação de endorfinas (diminuindo o cansaço e elevando a autoestima), além de facilitar a produção de leite. A nova mamãe também deve manter uma dieta equilibrada, de modo que possa satisfazer todas as necessidades de seu filho através da amamentação, diz Antonio Paulo Stockler.
Aislar-se em casa nos primeiros meses do bebê
Quando nasceu minha primeira filha, tive muito medo de sair com ela, mesmo depois da alta médica. Isolava-me em casa durante seis meses e saía só para almoçar na casa de um parente ou levar ao médico. Minha filha estava sempre com as defesas baixas e eu não entendia o porquê. Para piorar as coisas, comecei a me sentir entediada e solitária e quase entrei em depressão. Com meu segundo filho, percebi que era uma loucura me trancar em casa, e dois meses após dar à luz, o levei para passeios curtos. Ele se desenvolveu muito mais rápido e quase não ficou doente, pois teve a oportunidade de desenvolver anticorpos, diz a mãe Mariane Osorio, de 39 anos.
Querer impor disciplina nos horários do bebê
Não há como impor horários para o recém-nascido ou nos primeiros meses de vida. O bebê tem seu próprio ritmo: come quando está com fome, acorda e dorme quando tem vontade. Nem do ponto de vista hormonal, nem do ponto de vista do desenvolvimento neurológico, ele tem a capacidade de aprender e seguir horários. Por outro lado, não significa que o bebê deve ser atendido toda vez que começa a chorar, pois ele também precisa criar a capacidade de se reorganizar e retomar o sono sozinho. É importante estar sempre atento. Se o bebê chora muito, é porque algo está acontecendo e deve ser atendido, observa Marcelo.
Alimentar-se mal enquanto se está amamentando
Para produzir uma quantidade suficiente de leite para o bebê, a mãe deve comer um pouco mais (quase 300 calorias) do que o habitual e beber água suficiente para saciar a sede. É fundamental comer e beber de forma saudável e descansar sempre que possível, aconselha Cláudia Hallal, pediatra nutróloga, membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
Pensar que o leite materno não é suficientemente bom
Até os seis meses, o leite deve ser oferecido sempre que a criança desejar, quando tiver fome ou sede. Não há 'leite ruim'; todo leite materno é forte e bom. Após o nascimento, a produção de leite pode parecer pequena, mas é suficiente para as necessidades da criança. À medida que o bebê mama, a produção de leite também aumenta proporcionalmente, explica Cláudia.
Não coordenar seus horários de sono com os do bebê
Quando meu filho nasceu, tive muitos problemas com os horários de sono. Enquanto ele dormia, eu limpava a casa, trabalhava ou assistia à TV. O problema é que, após as primeiras semanas, eu estava muito cansada. Precisava ouvir os conselhos da minha mãe e dormir enquanto ele dormia. Foi a única forma de me adaptar ao ritmo dele e descansar, diz Luana Costa, 35 anos.
Achar que quando o bebê chora, é porque está com fome
O bebê chora como uma forma de se comunicar, que não necessariamente está relacionada à fome. Às vezes é calor, sede ou que está com a fralda suja. O choro por cólicas é muito característico, pois é um choro intenso, repetitivo, de longa duração e, em geral, em horários específicos. Outra situação é simplesmente querer atenção. O importante é que a família mantenha a calma para tentar identificar o motivo do choro. Com o tempo, os pais conseguirão entender e acalmar seu filho, garante Marcelo.
Desistir rapidamente da papinha ou outros alimentos
Aos seis meses, começamos a oferecer papinhas, mas minha filha rejeitava todas as opções. No início, quis desistir mantendo somente a amamentação por algumas semanas mais. No entanto, depois que meu médico me conscientizou sobre a importância da alimentação sólida, resolvi insistir e ela se adaptou. Foi quando percebi que precisava me esforçar para estimular seu desenvolvimento, diz Midiã Rocha, 29 anos.
Fazer comparações com outros bebês da família
Esse é um erro comum, pois as mães de primeira viagem, ao não terem tanta experiência nos cuidados com o bebê, acabam comparando-os com outros. Isso pode gerar angústia na mãe e desgaste em relação aos membros da família. As mães precisam saber que cada bebê tem um desenvolvimento e uma personalidade que diferem de um para outro, afirma Cyntia Boscovich, psicóloga e psicanalista.
Não ouvir os conselhos de outras mães
Desde o início da gravidez, li muito sobre os primeiros anos do bebê. Mas na prática, muitas coisas não podem ser aprendidas nos livros e me senti perdida. No início, rejeitei os conselhos da minha mãe e de outras mulheres da família, mas percebi que as experiências de outras pessoas eram valiosas e me ajudaram a esclarecer dúvidas e cuidar melhor do meu bebê, admite Elaine Bortello, de 38 anos.
Manter o bebê muito agasalhado quando faz calor
É preciso lembrar que, embora sintam um pouco mais de frio do que uma criança maior, o bebê também sente calor. As mãos frias são uma característica do recém-nascido e não significam que ele esteja com frio. Podemos verificar no peito do bebê se ele está quente ou não. A mãe deve observar se o bebê está suando, que é uma clara sinal de que está vestido em excesso. A criança deve ser capaz de se mover. Com muitas roupas, o bebê pode se incomodar ou até mesmo ter complicações mais graves, como febre e desidratação, disse Marcelo.
Adornar muito o berço e esquecer da segurança
Como qualquer mãe de primeira viagem, queria fazer um quarto dos sonhos para meu filho. Gastei muito em decoração e em bichos de pelúcia. Quando Enzo tinha quatro meses, um dos enfeites que pendurava na parede do berço se desprendeu e caiu bem em cima dele. Teve uma perna imobilizada durante algumas semanas. Depois disso, voltei para casa e tirei tudo do quarto, deixando apenas o que não podia, de maneira nenhuma, fazer mal ao meu filho, diz Maria Tereza Holanda, 32 anos.
Gastar em bobagens e não priorizar o que é útil
Quando se é mãe de primeira viagem, temos a vontade de comprar sempre o produto mais caro e cheio de detalhes. Na minha primeira gravidez, comprei excessivamente e, durante as primeiras semanas após dar à luz, percebi que muito do que comprei não tinha utilidade. Pelo contrário, tive que comprar correndo outras coisas que não havia considerado por não saber de sua importância. Na segunda gravidez, comprei apenas coisas de primeira necessidade e gastei um terço em comparação com a primeira gravidez, compartilha Ana Paula García, de 43 anos.
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