Halloween e Dia de Finados
A história do Dia dos Mortos e do Halloween
Por
Kiwilimón - 2018-10-16T09:19:46.299196Z
A tendência do mundo globalizado atual é eliminar fronteiras e fundir-se culturalmente. Como consequência disso, há anos o Halloween chegou ao nosso país. Nossas amigas do ActitudFem compartilham mais informações sobre isso.
O Dia dos Mortos e o Halloween têm a mesma raiz histórico-cultural, que com o passar do tempo foi se adaptando à situação geográfica e social do lugar onde é celebrado. De fato, a palavra “Halloween” é uma deformação da frase “All Hallow’s Eve” ou “Véspera de Todos os Santos”, que tem sua origem na tradição católica.
O Halloween retoma a tradição celta de celebrar o ano novo no dia 1 de novembro, iniciando as festividades no dia anterior. Nesta festividade, os sacerdotes celtas adoravam com respeito a Samhain, o cavaleiro da morte, fazendo sacrifícios de animais e às vezes humanos, e eram os espíritos desses sacrificados que retornavam do além para perturbar os habitantes dos vilarejos e assim, cumprirem suas exigências.
No México, essa adaptação geográfica e social das tradições não ficou para trás. Em uma tentativa de evangelizar os nativos do novo continente, os missionários católicos adaptaram à celebração de Todos os Santos os ritos que existiam na cultura pré-hispânica.
Os astecas acreditavam que durante a primeira lua cheia de novembro os falecidos retornavam ao mundo terreno, coincidindo com o fim da colheita do milho, para festejar com os vivos a comida que a terra lhes deu. Os falecidos eram incinerados, não enterrados, por isso, nessa data, os parentes vivos colocavam comida que lhes agradava em vida ao redor da urna.
Esse arranjo de comida era o final de um caminho feito com pétalas de flor de cempasúchil que iniciava na porta da casa, indicando o caminho que o falecido deveria seguir desde Mictlán, lugar onde residem os mortos, até o reencontro com seus familiares. Ao se fundir com a religião católica, o caminho de pétalas se direcionava à imagem de Cristo ou da Virgem, indicando o caminho para a salvação.
Ao deixar de incinerar os falecidos e sepultá-los, a tradição mudou para adornar os túmulos dos mortos ou colocar um altar em casa para honrar sua memória. No entanto, a tradição de colocar comida do agrado do falecido não se perdeu, inclusive foram adicionados elementos como fotos dos integrantes falecidos, um copo de água, sal, incenso, velas, entre outros.
As caveirinhas também têm sua origem na tradição católica, já que os primeiros missionários pediam aos indígenas que escrevessem orações exaltando as virtudes ou defeitos dos falecidos e que fizessem pedidos por sua salvação.
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