Como tomar melhores decisões ao comer?
Por
Shadia Asencio - 2021-03-19T09:02:02Z
As decisões, ou as carregamos ou as arrastamos. No caso da comida, as decisões que tomamos sobre o que, como e quando nos alimentar nos habitam sob a pele. Elas moldam nosso corpo físico, embora o corpo mental e o espiritual também não passem despercebidos. Uma comida pesada embota as ideias assim como uma boa combinação de alimentos proporciona agilidade, clareza e lucidez. Segundo a sabedoria oriental, o alimento até molda as emoções e determina a forma de processar o que está fora e o que está dentro. No final, tudo acaba naquele beco sem saída que anuncia que sim, somos o que comemos.Se vocês são como eu e pensam em comida o tempo todo, a cada instante estarão tomando uma decisão. Não será ingênua. Muito menos arbitrária. Algumas vezes – a maior parte – surgirá de uma programação antiga: de um jogo pavloviano brevíssimo entre o estímulo e a reação. Outras vezes, a decisão estará ditada pela necessidade, pela autonomia ou pela rebeldia em relação ao vínculo familiar. A autora Melanie Mühl fala que aprendemos a comer desde o útero materno. A escolha será proporcional ao tamanho dos laços que guardamos com mamãe, com os ancestrais.Daí que cada dieta seja uma biografia com anexos, epílogos, iconografia e tempo. As dietas – no sentido literal – acumulam os ingredientes cotidianos, as receitas e as preparações que se tornam o acervo das papilas gustativas. Essa biblioteca saborosa que guardamos no cérebro e no coração é a voz que pede sem hesitar “umas enchiladas vermelhas” – não umas verdes, não uma carne em seu suco, não um hambúrguer vegano – em um restaurante. Determina qual é o nosso corredor favorito no supermercado, o desejo que nos desperta à noite, o que colocamos no prato diante de nossos filhos. Diante de tais condicionamentos, pareceria impossível mudar os hábitos alimentares. No entanto, a solução é tão simples quanto se ancorar no presente. Essa é a verdadeira decisão. Com ela, passamos de ser escravos da comida a ser libertários em consciência. Só é necessário um diálogo, um aterrissagem sobre as plantas dos pés para saber o que realmente quer, precisa e anseia o corpo. “Este sou eu. Isso é o que meu corpo quer comer”. Comer em consciência nos faz tomar melhores decisões sobre o que termina no prato e na boca. E como em qualquer outro relacionamento amoroso, o vital é a comunicação: ¿Realmente preciso desse pedaço extra de bolo? ¿Já estou satisfeito? ¿Me apetece aquela cerveja? Pode ser que a resposta seja sim e tudo bem.A partir de habitar o organismo e ouvir suas necessidades autênticas, a dieta pode ser tão folgada e leve quanto quisermos, principalmente se temos saúde. E embora uma doença pareça diminuir o percurso, a consciência sobre o corpo nos reconciliará com esse sábio interno que não pede mais que apoio nas boas e nas más. Seja qual for o seu caso, no Kiwilimón levamos a sério o tema da saúde. Nossa decisão é nos comprometer com você. Queremos te dar as ferramentas que te levem a tomar decisões de alimentação mais conscientes. Queremos te acompanhar nos momentos de desejo e nos de conexão com seu organismo; ser parte dos seus jantares memoráveis e das suas manhãs de jejum; celebrar a saciedade tanto quanto a dieta; brindar pelos pratos cheios e pelos vazios. No final, são a mesma moeda.A nova face da moeda se chama Kiwi Te cuida. Para esta, nossa nova seção em kiwilimon.com, criamos um monte de novas receitas e contratamos um grupo de especialistas em diferentes áreas da nutrição – especialistas em família, em esportes, em doenças crônicas, em dietas restritivas – que elaboraram cada dieta, cada porção e cada ingrediente. Dedicamos horas de trabalho e coração ao escrever dicas e conselhos, ao confeccionar desafios semanais, ao programar receitas nas quais agora é possível ver quantas calorias e valor nutricional elas proporcionam. Nosso objetivo é que você se sinta apoiado; ajudar na comunicação com esse ser perfeito que é seu corpo e cuidar dele junto a você quando assim decidir. Queremos ajudar a cuidar de você, ¿nos deixa?