Assim como outras adições, aquela que nos leva a comer demais é igualmente prejudicial. É preciso ter cuidado para não cair em esse tipo de circunstâncias, pois no final das contas somos o que comemos.   Tudo em excesso é prejudicial, não há dúvida. Quando se trata de comida, pensamos que podemos ser um pouco fracos ou que alguns desejos nos vencem, mas a adição aos alimentos é algo real e acontece com muitas pessoas que nem sequer percebem o problema. O fato é que não se trata de um diagnóstico gástrico ou sequer físico, mas sim de um distúrbio intelectual ou emocional, e é por isso que é tão difícil de tratar. Cientistas demonstraram que os impulsos elétricos gerados em determinadas áreas do cérebro são responsáveis por, diante de certas atividades, eventos ou experiências, sentirmos dor ou prazer e até mesmo o sentimento de recompensa. Aqueles que sofrem de adição à comida buscam, através desse comportamento, uma mudança emocional autoinduzida: repetem ações concretas para provocar com elas que as células nervosas do cérebro produzam uma atividade geradora de um sentimento prazeroso. Agora, isso não quer dizer que estejamos conscientes de tal atividade, pois nosso organismo pode estar criando essas rotinas para gerar prazer, embora quando isso pode ser autodestrutivo. Cada pessoa desenvolve uma forma particular de enfrentar o medo, a ansiedade, o estresse, a dor ou a culpa. Algumas são capazes de lidar com isso da melhor maneira e focar diretamente no problema, mas muitas outras recorrem aos excessos como forma de bloqueio dos problemas reais. Esses esforços para eliminar ou reduzir o estresse ou a dor são temporariamente relaxantes e prazerosos, por isso é difícil perceber que, a longo prazo, serão severamente prejudiciais para o nosso corpo. Sintomas de que isso pode estar acontecendo com alguém são comer sempre que estiver entediado ou sob muito estresse. Outra indicação é continuar comendo mesmo quando já não se tem apetite. A maneira de resolver isso começa por aceitar o problema e consultar especialistas, a maioria recomendará algum tipo de dieta corretiva, mas o ponto mais importante será parar de buscar prazeres fortuitos na comida e buscá-los em experiências pessoais. Dessa forma, a vida será mais saudável e cada refeição será um verdadeiro prazer nutritivo e saudável.  

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