Fonte do artigo: http://bit.ly/1GO1qBS É possível que um dia você se sinta cansado ou cansada porque não dormiu bem, mas quando essa sensação de exaustão se repete de maneira constante, pode ser que você esteja diante de um caso de Síndrome da Fadiga Crônica (SFC). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença se caracteriza pelo fato de que o paciente apresenta sintomas de cansaço intenso e contínuo que não é aliviado com o tempo de descanso. O doutor Eduardo López, graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México e mestre em Fisiologia, estima que, embora seja difícil atribuir esse transtorno a um único fator ou exposição, as evidências sugerem que podem estar envolvidos a idade, personalidade, fatores ambientais ou genéticos, o que torna esse padecimento um diagnóstico de exclusão. Isso significa que é necessário descartar algumas doenças mais comuns antes de poder dar um diagnóstico como fadiga crônica, uma vez que, de maneira oficial, desconhecem-se as causas. Por outro lado, existem uma série de teorias que consideram que a idade, nível de estresse, genética, problemas no sistema nervoso ou, inclusive, o herpes humano podem ser chaves na hora de desenvolver tal doença. Segundo a fundação para a Fibromialgia e a Síndrome da Fadiga Crônica, estima-se que essa doença afete entre 0,3% e 0,5% da população mundial. Além disso, afeta especialmente mulheres e adultos jovens. Para detectar a SFC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta (CDC) considera que o diagnóstico deve ser dado quando a fadiga dura mais de seis meses consecutivos. Ademais, é necessário descartar doenças preexistentes ou de sintomatologia similar através de análises, exames do estado físico e mental, e uma revisão da história clínica. Embora o principal sintoma da Síndrome da Fadiga Crônica seja inexplicável, as pessoas que a padecem experimentam um cansaço tão incapacitante que seus níveis de atividade diminuem de forma drástica. Embora a fadiga não seja o único sintoma, segundo o CDC, alguns pacientes podem apresentar outros sintomas que causam mais incômodos. O cansaço da SFC é acompanhado de pelo menos quatro de oito sintomas característicos por pelo menos seis meses. Esses sintomas incluem: 1º) Mal-estar após um esforço físico ou de fazer exercício que dura mais de 24 horas. 2º) Deterioração significativa da memória de curto prazo ou concentração. 3º) Dor nas articulações sem inflamação ou vermelhidão. 4º) Dores de cabeça de um novo tipo, padrão ou gravidade. 5º) Sensibilidade dos gânglios linfáticos no pescoço ou na axila. 6º) Dor de garganta frequente ou recorrente. Alguns pacientes com SFC podem experimentar outros síndromes, incluindo o de intestino irritável, depressão ou outros problemas psicológicos, assim como calafrios e suores noturnos, alterações visuais, confusão mental, dificuldade para se manter em pé, tonturas, problemas de equilíbrio, desmaios, alergias; sensibilidades a alimentos, odores, produtos químicos, medicamentos, ou, inclusive, o ruído.

Alimentos que ajudam a combater a SFC Cuidar ao máximo da alimentação é muito importante, pois, entre outras coisas, pode ser um fator decisivo na hora de enfrentar e superar a doença. O doutor López recomenda ingerir uma série de alimentos que ajudam a combater os sintomas: A. Hidratos de carbono complexos: é muito importante que você inclua em sua dieta os carboidratos, pois são a principal fonte de energia para o corpo. O arroz integral, a cevada ou a aveia são algumas das opções mais recomendáveis. B. Proteínas: as proteínas de origem animal, como carne, peixe e ovos, contêm um número elevado de aminoácidos essenciais para o corpo. Nozes e feijões também são proteínas de boa qualidade, mas nem sempre contêm os nutrientes de uma dieta que inclui carne. C. Vitaminas e minerais: como é um transtorno que pode estar associado ao metabolismo, é importante escolher alimentos que melhorem seu ritmo. As frutas e verduras contêm altos níveis de vitaminas e minerais necessários mesmo sem padecer dessa doença. A Síndrome da Fadiga Crônica é uma doença que requer atenção especial, portanto, vigiar sua alimentação é indispensável na hora de combatê-la e preveni-la.