Aprimorada, complexa e variada, a cozinha tradicional mexicana é uma das melhores e mais populares do mundo; não é à toa que foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Nossa gastronomia está repleta de pratos únicos e irresistíveis que são o legado culinário de gerações.

Um dos pratos mais emblemáticos da cozinha mexicana é o mole, um molho com diversas variedades igualmente fabulosas cuja preparação requer a mão experiente de quem conhece os múltiplos ingredientes que o compõem. O mole poblano é uma das versões desse molho ancestral e no kiwilimón te contamos tudo o que você precisa saber sobre sua deliciosa origem.

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O que é o mole poblano?
O mole poblano, também conhecido como mole vermelho, é um delicioso molho apimentado à base de chocolate composto por pelo menos 20 ingredientes, como aponta Taste Atlas.

Esse molho se caracteriza por ter uma cor marrom escura e brilhante, como compartilha Larousse Cozinha, e é bastante espesso como resultado da combinação de ingredientes como chile ancho, chile mulato, chile pasilla, chile chipotle, cravo, pimenta preta, pimenta gorda, cominho, canela, anis, amendoim, amêndoa, noz-pecã, sementes de abóbora, gergelim, passas, tortillas de milho, tomate, alho e cebola.

O mole poblano costuma ser servido com alguma ave, como frango ou peru, acompanhado de arroz e decorado com sementes de gergelim.

Por ser um prato tão complexo e requintado, o mole costuma ser preparado em ocasiões especiais, como casamentos, festas patronais, 15 anos e até funerais, como aponta a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Qual é a origem do mole poblano?
Existem duas versões sobre a origem do mole e aqui te contamos ambas.

A primeira versão conta que, durante a época virreinal, o arcebispo de Puebla e o vice-rei Palafox fizeram uma visita surpresa a um convento. O frade responsável pela cozinha tropeçou em uma panela onde estavam cozinhando alguns perus, derramando nela uma bandeja de chiles, chocolates e especiarias. Diante dessa situação, ele pediu um "milagre culinário" a São Pascual Bailón, o santo dos cozinheiros, obtendo assim o exquisito prato que hoje conhecemos como mole.

A segunda versão conta que em 1685, Sor Andrea de la Asunción ficou responsável por cozinhar um prato especial para o bispo Don Manuel Fernández de Santa Cruz e o vice-rei Conde de Paredes e Marquês da Laguna. Para cumprir sua missão, a freira moeu todos os ingredientes em um metate até obter uma massa negra espessa que despejou em caldo de peru, criando assim o irresistível mole que conhecemos até hoje, de acordo com o Serviço de Informação Agroalimentar e Pesqueira.

Além das lendas, os pesquisadores encontraram indícios de que a origem do mole remonta a muito tempo atrás com as culturas pré-hispânicas. Em tempos ancestrais, os povos originários misturavam chiles com sementes de abóbora, erva-santa e tomate, resultando em um molho chamado mulli que era acompanhado de peru, pato ou tatú e era um prato cerimonial. Após a chegada dos espanhóis, novos ingredientes foram adicionados à receita do mulli, especificamente especiarias e diferentes tipos de carne. Já na colônia, a fusão gastronômica levou à criação de uma grande variedade de moles cujo legado permanece na atualidade.

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Mole poblano, um prato fundamental para o Dia dos Mortos
O mole poblano é um dos pratos mais tradicionais da gastronomia mexicana e é preparado para ocasiões especiais, incluindo o Dia dos Mortos.

A comida é um dos elementos mais importantes nas ofertas do Dia dos Mortos, pois acredita-se que no dia 1 e 2 de novembro os fiéis falecidos visitam suas famílias e desfrutam de um delicioso banquete preparado em sua honra com os pratos que foram seus favoritos em vida.

O mole poblano é um dos pratos indispensáveis em toda oferta do Dia dos Mortos, então no kiwilimón compartilhamos a receita de mole poblano que fizemos especialmente para o Pinterest para que você possa incluí-la em suas festas. Você vai adorar!